Como Usar Precatórios para Quitar Dívidas com o Governo

Precatórios federais são requisições de pagamento emitidas pelo Poder Judiciário quando o governo é condenado a pagar uma determinada quantia em dinheiro. Essas situações ocorrem em casos nos quais o governo é parte e é obrigado a compensar financeiramente uma parte vencedora. Alguns exemplos de situações que podem levar à emissão de precatórios federais incluem:

Ações Judiciais contra o Governo: Quando particulares ou entidades entram com processos judiciais contra o governo federal e são concedidos direitos financeiros pela decisão judicial.

Desapropriação de Propriedade: Se o governo federal desapropriar propriedades privadas para fins públicos e for determinado que uma compensação financeira é devida ao proprietário original.

Obrigações Contratuais: Casos nos quais o governo federal não cumpre suas obrigações contratuais e é condenado a indenizar a parte prejudicada.

Reconhecimento de Serviços Prestados: Quando empresas ou indivíduos prestam serviços ao governo e não são devidamente remunerados, podendo recorrer ao judiciário para buscar o pagamento.

Danos Morais ou Materiais: Ações judiciais que envolvem alegações de danos causados pelo governo, resultando em compensações financeiras.

Os precatórios federais são uma maneira legal de garantir que o governo cumpra suas obrigações financeiras decorrentes de decisões judiciais. No entanto, o processo de pagamento pode ser demorado devido à necessidade de incluir esses compromissos no orçamento público.

Empresas que têm dívidas com o governo federal podem utilizar precatórios para quitar esses débitos de acordo com as regras estabelecidas pelo sistema legal brasileiro. Aqui estão os passos básicos envolvidos nesse processo:

  1. Obtenção do Precatório: Primeiramente, a empresa deve obter um precatório. Isso geralmente ocorre quando ela é parte vencedora em uma ação judicial contra o governo federal, resultando em uma decisão judicial que concede um valor a ser pago.

2. Requerimento de Pagamento: Com o precatório em mãos, a empresa precisa apresentar um requerimento de pagamento à entidade governamental responsável, indicando a origem do precatório e solicitando a quitação da dívida pendente.

3. Análise e Autorização: O governo federal analisará o pedido, verificando a validade do precatório e a possibilidade de utilizá-lo para o pagamento da dívida. Se tudo estiver em conformidade, a autorização para utilização do precatório será concedida.

4. Compensação da Dívida: Com a autorização, a empresa pode compensar o valor do precatório com sua dívida junto ao governo federal. Isso pode envolver a transferência do precatório para o governo, que, por sua vez, abate o valor correspondente da dívida.

5. Registro e Baixa da Dívida: Após a compensação, a transação é registrada e a dívida é considerada quitada na medida do valor do precatório utilizado.

A aquisição de precatórios de terceiros com deságio é uma prática na qual uma pessoa ou empresa compra os direitos sobre um precatório de alguém que é o beneficiário original da decisão judicial. O deságio refere-se ao desconto aplicado ao valor nominal do precatório, representando o ganho potencial do comprador. A seguir, passos básicos e a possibilidade de utilizar precatórios adquiridos dessa maneira na quitação de dívidas:

  1. Compra do Precatório: Um investidor, pessoa física ou jurídica, adquire os direitos de um terceiro, sobre um precatório normalmente oferecendo um valor abaixo do montante total a ser recebido. Esse desconto é o deságio. De maneira geral, podendo ser entre 20%, 30% e ate’ mais de 50% de desconto sobre o valor de face. Fatores quanto ao tipo de precatório, volume financeiro, e prazos influenciam muito na definição deste percentual de desconto.

2. Transferência de Propriedade: Após a negociação, os direitos sobre o precatório são transferidos para o novo proprietário. É importante que essa transferência seja realizada de acordo com as normas legais e regulamentações aplicáveis.

3. Pedido de Pagamento: O novo proprietário, agora detentor dos direitos sobre o precatório, solicita o pagamento ao governo ou à entidade responsável pelo precatório. Esse pedido deve seguir os trâmites legais e pode envolver a análise da validade do precatório. Podendo ser utilizado para dívidas futuras e dividas passadas.

4. Utilização na Quitação de Dívidas: Após o recebimento do valor do precatório, o novo proprietário pode utilizá-lo para quitar dívidas próprias ou de terceiros. Isso pode envolver a compensação do valor do precatório com as obrigações financeiras pendentes.

A compra de precatórios como investimento financeiro pode oferecer algumas vantagens, embora seja importante notar que também existem riscos associados a esse tipo de transação.  Vantagens potenciais incluem:

Deságio: onde os precatórios são adquiridos com um deságio, o que significa que o investidor compra esses direitos a um preço inferior ao valor total do precatório. Isso pode proporcionar uma oportunidade de lucro quando o precatório é pago integralmente.  Se o precatório for pago na totalidade e o investidor adquiriu os direitos a um preço inferior (deságio), há a possibilidade de obter um retorno financeiro interessante.

Potencial de Valorização: Dependendo da natureza da ação judicial subjacente ao precatório e das circunstâncias específicas do caso, pode haver uma chance de valorização do precatório ao longo do tempo. Como exemplo, muitos são corrigidos pela CELIC ate’ serem pagos.

Diversificação de Portfólio: Para investidores que buscam diversificar seus portfólios, a compra de precatórios pode representar uma forma alternativa de investimento, não diretamente correlacionada com os mercados tradicionais.

No entanto, é crucial estar ciente dos riscos associados à compra de precatórios, tais como a demora no pagamento, pois está sujeito ao orçamento público e às prioridades governamentais. Riscos Jurídicos e legais tambem pois a validade do precatório e sua possibilidade de pagamento podem depender de vários fatores legais associados à ação judicial original, podendo afetar a capacidade de recebimento.

As limitações governamentais impõem restrições à compra e venda de precatórios, e essas limitações podem afetar a liquidez e a rentabilidade do investimento. É importante observar que a compra e venda de precatórios são regulamentadas por leis específicas e podem variar de acordo com a jurisdição.

Além disso, algumas entidades governamentais podem impor restrições ou limitações à prática. O seu uso para quitar dívidas com o governo federal está sujeito a regulamentações específicas e pode envolver prazos e procedimentos específicos.

Recomenda-se que a empresa ou pessoa fisica busque orientação jurídica de profissionais especializados em direito financeiro para garantir que o processo seja realizado de acordo com as normas legais aplicáveis e garantir que a transação seja realizada conforme a legislação vigente entendendo as implicações fiscais e legais associadas à aquisição e uso de precatórios na quitação de dívidas.

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